quarta-feira, 27 de julho de 2016

Caminhos Abertos

Sempre tive  receio em criar paginas sobre mim para mim, sobre o trabalho que faço com a literatura, participo de coletivos à quase dez anos e acreditava que isso era suficiente, falar de mim e do coletivo são duas coisas distintas, coletivo agrega outras pessoas, muitos pensamentos e mesmo um complementando o outro o ser individuo é muito complexo pra se sustentar somente num coletivo, a duras penas aprendi isso, aos trancos, bem aos trancos compreendi que tinha que cuidar de meu trabalho com mais carinho.
E justamente agora que o blog caiu em desuso eu decidi montar um, talvez seja isso pela minha natureza de rejeitar tudo que é muito moda, sou assim até com roupa, depois que a moda passa eu decido usar o tênis, a blusa e por aí vai.

Eu não poderia deixar de "estrear" esse blog sem essa poesia que foi durante anos muito importante na minha trajetória literária é uma poesia com ar inocente, uma poesia sem pretensões, lembro que fiz ela ouvindo o grupo de rap Consciência Humana daí vem todo meu carinho por ela.



MÃE ÁFRICA

Quando meus pés cansarem
E a minha voz embargar
Chora mãe África, chora,
Já estou chegando lá

Se todos me abandonarem
Desistindo de caminhar
Coragem mãe África, coragem,
Força você me dará

E se algum de nós
Com o inimigo se juntar
Chora mãe África, chora,
É mais um filho que irás deserdar

Se mais uma vez
Aquele portão de ferro se fechar
Peço força mãe África, força,
É mais um irmão que o sistema vai trancar

Quando mais uma noite fria
Um dos teus filhos passar
Confia mãe África, confia,
No próximo inverno ele não estará mais lá

E quando a nossa nação
Dar as mãos e parar de duvidar
Alegre-se mãe África, alegre-se,
Nossa bandeira irá se levantar.